sexta-feira, 24 de junho de 2011

Porque conhecer novos destinos é preciso!!!!

Hoje, o post é sobre o Laos.




Esse é um dos lugares que virou meu sonho de consumo nos últimos anos. O motivo? Nem eu tenho ideia, mas acho que simplesmente porque essa região da Ásia é tão “fora” do comum, fora do capitalismo selvagem e modernidade que tomam conta dos Estados Unidos, da história que encanta a Europa, da explosão demográfica que vivem os outros países dessa mesma região.

O Laos me transmite paz. E nada melhor que nos dias de hoje que isso, esse encontro com uma outra realidade.

Só para não ficarem perdidos, vamos a algumas informações técnicas:


O Laos é um país asiático, localizado na Indochina e limitado a norte pela China, a leste pelo Vietname, a sul pelo Camboja, a sul e oeste pela Tailândia e a oeste por Myanmar.

O Budismo contribuiu significativamente para a cultura do Laos. Ele se reflete por todo país não apenas na religiosidade, mas também nas artes, literatura, teatro, etc. A música laociana é dominada pelo khaen, flauta de bambu que é instrumento nacional.

O país tem dois Patrimônios Culturais da Humanidade, de acordo com a UNESCO: Luang Prabang e Wat Phou.

Imagine uma sonolenta aldeia em uma tarde sonolenta no final do verão francês. Esta é, parece Laos. Apenas menos dinâmico.

Após quase duas décadas de isolamento, o Laos começa a abrir suas portas para o turismo --uma oportunidade sem paralelos para quem pretende vislumbrar a atmosfera da antiga Indochina. Fortemente bombardeada durante a Guerra do Vietnã, a "Terra de Milhões de Elefantes" --como a região era conhecida há seis séculos-- ainda mantém exotismo capaz de torná-la, sem exageros, um dos pontos altos de viagens ao Sudeste Asiático. Monges com vestimentas cor de açafrão, vastos arrozais e o sincretismo entre a arquitetura francesa e as construções tradicionais desta ponta da Ásia criam um cenário único, ainda praticamente intocado.
Turismo, turistas, dólares e compras. Acostumado a uma calmaria capaz de causar estranhamento ao viajante recém-chegado, por exemplo, de Bancoc, o povo laociano ainda busca acomodação a esses e outros conceitos distantes de sua realidade recente e se diverte às custas da presença cada vez maior dos "elefantes brancos" --referência comum aos europeus de pele clara e altura bastante superior à média.
Um dos países menos desenvolvidos e mais enigmáticos do sudeste asiático, o Laos reconhece nos estrangeiros motivo de riso e curiosidade e nos cobiçados dólares, uma saída para as precárias condições de vida da população média.
Em aldeias no interior, onde há pouca gente além dos nativos, não surpreende que ocidentais sejam considerados verdadeiros alienígenas, alvo fácil de beliscões e capazes de provocar choro nas crianças.

Mas é justamente essa completa ausência da interferência estrangeira que mantém o charme influenciado pela cultura francesa da época colonial e o exotismo sem paralelos da vida tradicional permeada pelo budismo em todas as suas instâncias.

Seja na capital Vientiane ou em pequenas cidades no interior, imensos arrozais convivem com riquíssimos templos e uma arquitetura colonial única, com remanescentes do que foi a Indochina --reunião dos ex-protetorados franceses Vietnam e Camboja, a que o Laos se juntou oficialmente em 1893, como um membro menos interessante do ponto de vista econômico.

À época da colonização francesa, percebeu-se que o rio Mekong, que percorre 1.800 km ao longo do país, não é navegável em muitos trechos, e o Laos não tem reservas de metais preciosos. Com terreno montanhoso, oferece pouco espaço para uma agricultura mais moderna.

Hoje, enquanto o Camboja sofre com fortes divisões internas, e o Vietnam vem se tornando um país cada vez mais industrializado, o Laos parece satisfeito em manter-se alheio às influências da vida moderna, enquanto tenta transformar-se no país mais estável da região, mesmo com uma economia discreta, baseada na agricultura de subsistência.

Paisagem de guerra

Para completar um quadro que permita compreender a atualidade no Laos, some-se a isso a onipresença das imagens de uma guerra que oficialmente não aconteceu --de campos minados e crateras que lembram a superfície da Lua a vasos de flores e casas construídos sobre destroços de bombas.

Embora não-envolvido diretamente na Guerra do Vietnã, o país foi fortemente atacado em suas fronteiras e recebeu carregamentos de bombas despejados de aviões que sobrevoavam seu território.

Isso lhe rendeu o título pouco engrandecedor de país mais bombardeado da história das guerras modernas e uma ajuda internacional de cerca de US$ 2 milhões somente este ano para o esforço de "desminagem" (retirada de minas).

Calcula-se que tenha sido alvo de 150 mil mísseis e de cerca de 2 milhões de toneladas de bombas. Um dos maiores símbolos desse período, a pequena aldeia de Ban Apa, ao norte da capital, construiu boa parte de suas casas suspensas sobre pilotis que aproveitam carcaças de bombas.

O sítio arqueológico conhecido como Planície dos Jarros também assusta ao remeter a um imaginário de guerra.

A 4,5 km da pequena cidade de Phonsavan, acessível apenas por meio de um antigo aeroporto militar, a trilha que conduz aos jarros de origem desconheci da com até 3 m de diâmetro, só deve ser percorrida com um guia local. Grupos de "desminagem" ainda trabalham na área, e é possível ver, dentro dos vasos, algumas das milhares de minas ainda não-detonadas na região.

Os tours mais comuns conduzem também a uma caverna onde cerca de 400 pessoas morreram após terem sido bombardeadas supostamente por um avião norte-americano. Há crânios e ossos propositalmente espalhados pelo chão.

Apesar disso, vai se surpreender quem espera um clima desolado no país ou um povo abatido pelas tragédias.

Simpatia na rotina

Por todos os lugares circulam, misturados a uma sorridente população, monges e noviços budistas ávidos por exercitar seu às vezes bom inglês, aprendido nos monastérios. Ansiosos por saber mais sobre o ocidente, acabam sendo uma porta de entrada para um bom chá da tarde ou outras cerimônias reservadas.

 cidade de Luang Prabang, a 140 km da capital, resume de modo singular a simpatia da população e a beleza do país. Considerada Patrimônio Cultu ral da Humanidade, a cidade de 16 mil habitantes ostentou, até 1975, o título de capital real.

Hoje ainda conserva 32 dos 66 templos ou wats (na língua local) existentes antes da colonização francesa.

Situada entre os rios Mekong e Khan, é a mais bela cidade do Laos, com poucas concessões ao estilo do século 20. Os horários de rush resumem-se à saída de estudantes das escolas com suas bicicletas se misturando ao pequeno tráfego de tuk-tuks --motos adaptadas para receber uma pequena carroceria, usadas no transporte de passageiros.

Seja no belíssimo Wat Xieng Thong, às margens do Mekong nas escadarias do Wat Pha Baat Tai, ou na montanha Phu Si, que oferece visão privilegiada da cidade, o pôr do sol vira atração turística, capaz de rivalizar com templos, pequenas aldeias de camponeses e tribos pelos arredores ou mercados que permitem conhecer mais de perto a vida cotidiana.

Por todos os lados, os alegre habitantes, em especial crianças, formam filas ao redor dos turistas re petindo à exaustão o cumprimento local: SaBayDii (uma espécie de "oi").
Locomoção
De qualquer modo, há restrições e dificuldades de locomoção pelo país. O regime comunista implantado em 1975 criou uma legião de dissidentes, muitos deles hoje na Tailândia. Órgãos oficiais do governo desaconselham viagens por terra ou barco, temendo eventuais ações de guerrilha _que poderiam desgastar o esforço de aproximação com o ocidente.

Também há problemas com membros da tribo Hmong, habitantes das montanhas no interior do país, que sonham criar um território independente.

Como alternativa única para uma viagem considerada segura, a Lao Aviation com sua frota de aviões chineses, na linha dos russos Antonov, conecta praticamente todas as maiores cidades por preços relativamente baixos.

Com tudo isso, o Laos ainda mantém o ambiente descrito pelo pesquisador francês Henri Mouhout, um dos primeiros viajantes a percorrer e a produzir descrições detalhadas da Indochina.

Em meados do século passado, Mouhout escreveu: "as vilas consistem de poucas cabanas, e as condições sanitárias são lamentáveis (...). A profunda tranquilidade das florestas e a viçosa vegetação tropical são indescritíveis e, à meia-noite, me impressionam muito."

Mais de 150 anos depois, a capital Vientiane se orgulha da melhoria em sua infra-estrutura, visível a cada esquina, mas ainda impressiona, não só pela sucessão interminável de templos, como pela presença constante de vacas, deitadas sem cerimônia pelas principais ruas.

Modelo europeu

Paradoxalmente, a cidade parece ter se esforçado na aproximação aos modelos europeus. Há bulevares de aspecto parisiense, com direito até mesmo a um "Arco do Triunfo", formando uma estranha mistura de arquitetura neo-colonial e influência oriental, ao final da larga avenida Lane Xang.

A despeito disso, a maior prova de que os franceses estiveram lá são as excelentes baguetes recém-saídas do forno vendidas em barracas e pequenas confeitarias pelas ruas. Acompanhadas de pa tês, oferecem estranha e saborosa combinação com garrafas de Beer Lao, a cerveja local.

Os traços da história mais recente surgem muito claros em uma visita ao Museu Revolucionário do Laos. Centenas de imagens e objetos mostram a saga do "povo lao" em sua luta contra os "imperialistas norte-americanos".

Mercados

Mas o melhor ângulo de aproximação com o dia-a-dia da população surge nos vívidos mercados, na capital e no interior, onde antiquidades e imitações dividem espaço com tudo o que se pode comer nessa terra. Baratas, ratos e até mesmo pequenos tigres comercializados a US$ 6 causam certa repulsa à primeira vista e podem tirar o apetite, mesmo diante dos cardápios mais refinados.

Seria exagero afirmar que existe uma infra-estrutura turística no país, que recebe menos de 20 mil estrangeiros por ano. Mas alguns bons hotéis, comida e vinhos franceses de boa qualidade e um serviço bancário e de comércio que aceitam as principais moedas e cartões de crédito permitem uma viagem tranquila.

Visto é difícil

Chegar ao Laos vale a pena, mas exige algum esforço. O país não mantém embaixada no Brasil, o que torna complicada a obtenção do visto obrigatório antes da partida.

Desde julho de 1997, tornou-se possível conseguir o visto por US$ 50 no Aeroporto de Wattay, em Vientiane, ou na Ponte da Amizade sobre o rio Mekong, na fronteira entre Tailândia e Laos. Nos dois casos, as autoridades locais costumam ser bastante exigentes.

Quem preferir chegar com a garantia da entrada, pode tentar obter o visto através de agências de turismo. Como não há vôos diretos para o Laos partindo do Brasil, da Europa ou dos EUA, o melhor é aproveitar uma passagem obrigatória pela Tailândia ou pelo Vietnã para resolver o problema. O trâmite pode levar de três a quatro dias.

Os vistos são válidos por 15 dias, podendo ser es tendidos por mais 15.

A melhor época para visitar o país é entre dezembro e abril, quando o clima está seco e as temperaturas médias ficam próximas aos 30ºC.

Quem pensa que o país não tem boas opções de hotéis, engana-se, e muito. Olha a listinha que eu consegui:

- Le Bel Air Boutique Resort And Villa
Um privado hote boutique especializado em luxo e relaxamento em Luang Prabang, localizado apenas a 10 minutos, andando do centro da cidade, situado em uma área de 2 hectares de jardins e vegetação natural preservada, próximo as margens de um rio que corta a cidade.
O hotel possui dois edifícios com apartamentos tradicionais e bangalôs ao longo das margens do rio. Cada bangalô encontra-se no centro de um jardim espetacular com uma diversidade de plantas e flores.

- Settha Palace Hotel

A arquitetura colonial francesa, pé direito alto, iluminação natural, mármore italiano ao longo do piso e móveis de jacarandá ricamente trabalhados, fazem com que os hóspedes voltem ao passado. Construído em 1932 e magnificamente restaurado em 1999, o Settha Palace Hotel é um daqueles hotéis impossíveis de esquecer. Ideal para viajantes que desejam experimentar a rica história do local.
Oferece quartos luxosos com a mesma linha de decoração francesa. Possui uma piscina com formação rochosa de Laksao ao centro do terreno. Para completar, o hotel tem como restaurante principal, o francês La Belle Epoque.
Localizado bem no centro da cidade, a apenas 5 km do aeroporto, o hotel está próximo ao comércio local, onde a grande maioria dos visitantes acabam-se conhecendo os grandes mercados.

- La Résidence Phou Vao

Um hotel spa de luxo, com vista deslumbrante das montanhas em volta, assim como o patrimônio da cidade de Luang Prabang, assim é atmosfera única e pacífica desse resort da Orient Express.
Oferece 32 quartos espaçosos e 2 suítes, todos decorados em estilo tradicional, usando material local, como o jacarandá e lençois com o mais puro algodão. O restaurante oferece pratos especiais da região, com a oportunidade de desfrutar as refeições dentro do restaurante, com ar condicionado,
ou simplesmente sentado na varanda. O spa do hotel é gerenciado pela rede Phou Vao.
Localiza-se a apenas 4km do aeroporto.

- The Luang Say Residence

O Luand Say Residence tem o ar de um lugar que viveu mil vidas antes de se tornar um hotel de luxo, por isso é um crédito para os arquitetos e designers contratado para formularr este grupo de seis pavilhões construído na verdade, apenas em 2010. O estilo colonial francês evoca perfeitamente a de uma residência de luxo, típica da Indochina, e da paisagem circundante oferece um refúgio exuberante através de um jardim tropical, da cidade cada vez mais turista-amigável de Luang Prabang.
Vinte e quatro suítes estão distribuídas pelos seis pavilhões independetes, espalhados por todo o terrano, ligados por uma passarela que atravessa uma série de lagoas pontilhadas com lírios e palmeiras. Varandas e terraços grandes compartilham vista para a montanha, enquando a brisa da alta altitude capturada pela planície, provavelmente não fará você abandonar o ar condicionado, e farão uma tarde tolerável na varanda, mesmo que a sensação de calor dessa região fique grudada na pele. Os interiores são de extremo bom gosto, equipados com divãs e camas king size, cobertas com o mais puro algodão. Móveis de madeira são um toque de boas-vindas, e pode até forçá-lo a esquecer o acesso wi-fi em favor a uma caneta para uma longa carta, escrita à mão pensativa, para as pessoas que ficaram em casa.
Além do restaurante Belle Epoque, que serve pratos locais sazonais, existe um lounge suntuoso, com diversas opções de cocktail. Além dos sofás de couro, atraentes e grandes, proltronas envolventes de 1861, oferecem uma infinidade de sabores locais peculiares.

- The Hotel Luang Prabang

Construído em um local do patrimônio da ex-capital real do Laos, The Hotel Luang Prabang combina o charme colonial com elegância contemporânea em um dos mais luxuosos suíte-resorts da região. Simplicidade inspira o relaxamento. O estilo colonial francês lembra uma época de esplendor histórico através de uma série de espaços íntimos projetados para reabastecer a alma. Pátios grandes, jardins, espelho d'água e lareiras providenciam um retito agradável em todas as estações. Em um cenário de beleza montanhosa, o resort promete um estadia tranquila e isolada. O hotel é um resort pequeno, apenas com 23 suítes de luxo, cada um com um jardim e terraço ou piscina privada. Suítes maiores acomodam convidados em um espaço generoso, banheiros seprados e amplos jardins.
Sabia Lounge & Library, é um bar de estilo colonial clássico, que convida os hóspedes a se afundarem em cadeiras gigantescas, para desfrutarem de uma conversa tranquila, junto à lareira, ou lendo uma seleção disponível um uma biblioteca muito bem abastecida. Quatro salas de tratamento de hidroterapia, e banhos de aromaterapia fazem parte de um spa molhado. Esse Spa é dedicado a restaurar o corpo, a alma e o espírito através de terapias naturais, usando tradicionais ingredentes locais.
O hotel encontra-se em uma área residencial tranquila da cidade, estando apenas 05 minutos do centro da cidade e a 10 minutos do aeroporto.

É minha gente, lá existem mais coisas do que pode-se imaginar, por isso que volto a afirmar: tente o desconhecido. Grandes surpresas podem acontecer!

**fonte: FolhaOnline - Turismo